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A influência do maracatu e de Pernambuco na capital federal

Batuque, chacoalho, gonguê, tambores. O ritmo de Pernambuco que chegou até a capital. Maracatu é música para os ouvidos candangos, cultura para todo o Brasil e orgulho para o nordeste. Os pernambucanos dizem que maracatu é vida por natureza. Descrevendo o ritmo em uma palavra foi escolhido “liberdade”, pela pernambucana Ana Carolina diretora de comunicação da Associação Candangos de Lança, que divulgam a cultura pernambucana aqui em Brasília.


O grupo, formado por pernambucanos radicados no Distrito Federal, fundou a Associação há pouco mais de um ano com objetivo de matarem a saudade de casa. Movidos pelo desejo de agregarem valores, costumes e tradições, o grupo deseja reunir os mais de nove mil pernambucanos que residem no quadradinho. Longes do lugar em que nasceram e em um restaurante do centro de Brasília, o grupo de quatro nordestinos achou que seria uma excelente ideia promover eventos como pontos de confraternização para os que também sentiam falta de casa. “A gente queria montar uma associação cultural, que pudesse trazer coisas que a gente sentia falta e pudesse contribuir para a cultura local”, lembrou Ana Carolina.


O sonho saiu do papel. Hoje, os Candangos de Lança possuem mais de 100 dirigentes e associados, e promovem grandes eventos no DF como a famosa “Quinta Cultural”, com poesia e artistas pernambucanos. A fundação vive dos eventos que faz, por isso no ano de 2020 foram frustrados pela pandemia. “A pandemia atrasou nossos projetos, porque nossa ideia era promover encontros em que as pessoas pudessem ter contato, então a gente não pode fazer”, explicou a comunicadora dos Candangos de Lança.


A saudade que virou projeto cultural não está no pause, a equipe se planeja para voltar mais forte, e enquanto os eventos não podem acontecer eles trabalham pelas redes sociais. Com um Instagram voltado para difundir a cultura nordestina, um dos diretores do Candangos de Lança, André Rezende, diz que o intuito é mostrar para o brasiliense que Pernambuco não é só carnaval, “somos literatura, somos poesia, somos arte, temos o São João, temos grandes tradições”, falou André. O diretor disse que se sente acolhido por Brasília e que vai insistir em trazer um pedacinho de Pernambuco para a capital. “É importante levar a cultura de Pernambuco para Brasília, assim como para qualquer outro estado, precisamos sair do estereótipo pré-concebido de só carnaval”.


Durante o pouco tempo que tiveram sem a pandemia, a maior dificuldade que a associação encontrava para realizar os eventos era o custo. Os associados tiravam dinheiro do próprio bolso para financiar eventos pequenos e com a renda arrecadada nestes, realizavam os maiores. O objetivo do grupo quando a pandemia acabar é realizar cada vez mais eventos e expandir a associação na cidade.




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